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segunda-feira, 8 de abril de 2019

SER OU TER? (LIBERDADE x SEGURANÇA)

A pergunta do título pode passar a dúbia impressão para muitos que as duas situações não são necessariamente excludentes, ou seja, que para ser, você não precisa deixar de ter ou vice-versa, e assim, que para se ter segurança não é necessário, analogamente, abrir mão da liberdade.

Porém, numa análise um pouco mais pragmática e profunda, infelizmente, a resposta é inexorável: ou se tem um ou se tem outro, mas nunca ambos.

A nossa sociedade materialista e mercantilista, calcada na posse, nos bens e no consumo, gerou com o passar de séculos e séculos uma atmosfera extremamente competitiva na qual para um vencer é necessário que outro perca. Nas instituições de ensino, desde o período escolar, o escopo não é o de formar cidadãos conscientes de seu papel social, ou sequer o de ensinar ideais de paz, valores verdadeiros e essenciais como o trabalho, a honestidade, o respeito, a cidadania e o mérito, mas pelo contrário, é cerceado em nossas crianças e adolescentes o senso crítico e a dádiva do questionamento, e, ainda pior, também é incutido nas mentes dos estudantes e na sociedade em vias gerais que sucesso e o “vencer na vida” estão refletidos nos bens e posses materiais acumulados, conquistados independentemente de qual maneira, por quais vias, como ter um carro, ter uma casa, ter roupas importadas, ter bons perfumes, ter, ter, ter, ter...

E toda e qualquer pessoa que pensa e age diferentemente destes moldes paradigmáticos é sumariamente feita como exemplo aos demais ao ser tratada como marginal, louca e etc.

Assim, todos tentam se enquadrar no status quo vigente, num desejo tragicômico de ser um dito cidadão respeitável com um trabalho convencional, o qual o explora, o faz infeliz a perder seu precioso tempo nesta experiência, mas que lhe paga os luxos e bens para assim poder ser efetivamente respeitado. Mas o ciclo vicioso é permanente – quanto mais se tem, crê-se precisar de mais, mas no fundo é um simples mais querer.

Há ainda uma esmagadora parcela da população que tentando entrar neste ciclo, mesmo com um trabalho miserável, ainda assim mal pode pagar suas contas. Mas o importante é o foco no “ter”, na busca por “segurança”.

Sempre há quem almeje segurança, pois de fato é algo atemorizante não ter dinheiro para pagar as contas, não ter comida, não ter um abrigo, saúde e etc., mas para se ter essa ilusória segurança, é, como supracitado, necessário abrir mão da liberdade. Como assim?

Sim! A tal segurança é ilusória. Ter dinheiro guardado para alguma emergência - é viver no futuro; trabalhar para somente conseguir pagar as contas - escravidão; temer a incerteza de um futuro indefinido - irracional; e viver infeliz a ter essa tal segurança - é prisão e doença, é não-liberdade!

Liberdade é estar presente e presente estar. Viver cada momento único como se não fosse haver um amanhã, e talvez não haja, e, um dia com toda certeza, NÃO HAVERÁ

E o que ficou? – Toda preocupação, as moléstias que toda essa preocupação traz, o medo e a perda do nosso precioso tempo, nosso particular universo.

Liberdade é ser feliz, precisar de pouco, viver com pouco. É libertação de toda e qualquer amarra. É VIVER!

Nada como deitar a cabeça no travesseiro e estar pleno. Acordar todo dia e perceber a dádiva sublime que nos é dada a cada instante, a cada inspiração e expiração.

Não é saudável psicológica, física e principalmente espiritualmente, adaptar-se a uma sociedade doentia.

Quase ninguém mais tem tempo - pois “tempo é dinheiro” (time is money) – para ver as maravilhas da natureza, o sol, sentir o vento, passar mais tempo com os entes amados, respirar e sentir o ar... e o tempo passa... 

...e depois de tanto lutar para TER, quando o tempo e a vida se esvaem, TÊ-LOS é pretérito... quando se percebe que nunca se teve NADA.

A vida dá voltas malucas, mas magníficas, sempre no intento de nos ensinar. Vejo muitas pessoas mais velhas que juntaram dinheiro a vida toda e agora gastam com saúde, ou que tiveram muito e agora não tem mais nada. Tudo o que ouço destas e de pessoas no leito de morte dizerem é que gostariam de ter mais TEMPO, amado mais, estado mais presente, mas nenhuma delas diz querer ter tido mais posses, mais bens ou dinheiro.

PPPP (Pra parar pra pensar!)
Lao Zi (老子), literalmente
"Velho Mestre" foi um filósofo
e escritor da Antiga China.
É conhecido por ser
o autor do importante livro
Tao Te Ching, “o livro que revela Deus”,
o fundador do taoismo
filosófico e uma divindade
no taoismo religioso e nas
religiões tradicionais chinesas
Para encerrar, deixo-vos o poema 44 do TAO TE CHING, uma das mais importantes obras literárias-filosóficas da Humanidade.

Que vale mais:
Meu nome de família ou meu Ser?
Que é mais meu:
Minhas posses externas ou meu íntimo Ser?
Que me é mais importante:
Meus lucros ou minhas perdas?
Quem prende seu coração a algo
Está preso.
Quem deseja possuir tesouros
É um pobre possesso.
Quem vive satisfeito
É feliz com os satisfeitos.
Quem respeita os seus limites
Não corre perigo.
Isso gera verdadeira serenidade.
De dentro vem o que por fora se revela.
(Lao Tsé – Tao Te Ching, poema 44)

Deixo também este pequeno jogo poético de palavras que fiz há algum tempo:


Sejamos livres como os pássaros a cantar todos os dias, sem medo, sem amarras, sem preocupações com posses ou acúmulo de bens, pois os pássaros sabem que o Universo sempre proverá tudo quanto for necessário para a continuidade desta experiência – os cinco “AS” - o alimento, o abrigo, a água, o ar e o amor. 

Abraços fraternais,

Rafåtís

sábado, 23 de março de 2019

Produção artesanal de livro


Aos amantes de livros fiz este vídeo que mostra como é a produção artesanal de um livro.
Quem tem interesse em aprender esta arte, entre em contato comigo, estou preparando oficinas para ensinar esta, dentre outras artes. Espero que gostem!

Abraços fraternais,

Rafael Pelissari



terça-feira, 12 de março de 2019

LANÇAMENTO DO LIVRO 'UM BOÊMIO CONFESSO E SUA POESIA'

É com muita alegria e satisfação que divulgo o lançamento do meu primeiro livro de poesias, o "Um boêmio confesso e sua poesia". Com prefácios de Renato Cresppo e Ekaterina Lutrova, o livro, produzido por mim de modo artesanal, contém 240 páginas com mais de cem poemas além de reflexões, pensamentos, devaneios, filosofia, pinturas, desenhos e esboços. A tiragem, única e pequena, apresenta duas versões, uma na cor bordô e outra na cor café. 
O livro sai por R$ 45,00 (quarenta e cinco reais) + o frete de R$ 10,00 (dez reais) para todo Brasil. Quem tiver interesse em adquirir o livro pode entrar em contato comigo pelo whatsapp (11) 9-4559-4213. 
Agradeço de coração todo apoio e incentivo. 

Abraços fraternais, 

Rafael Pelissari.


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Conhecendo poetas: Rafael Pelissari

Queridos(as) amigos(as), 
É com enorme satisfação que compartilho este link do site da minha querida amiga Ekaterina Lutrova, que prefaciou meu livro "Um boêmio confesso e sua poesia" além do carinho na análise desta publicação sobre minha arte literária.
Gratidão. 
Abraços fraternais,

Rafael Pelissari

Nascido no dia em que é comemorado o dia nacional do livro, 29 de outubro, Rafael Pelissari inequivocamente foi absorto pela magia proveniente das páginas impressas com palavras; um amante de livros em sua universalidade - do conteúdo, da forma e da função. Já colecionava livros até mesmo antes de se alfabetizar, e, ainda criança com um mimeógrafo e autodidata, iniciou seu aprendizado como artesão de livros(...)
Continue lendo acessando o link abaixo:

https://ekatlutrova.wixsite.com/mundodapoesia/rafael-pelissari 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Incentive a arte e os artistas locais

Há tempos uma grande confusão permeia o dito universo artístico. Boa parte das pessoas acaba por confundir arte com entretenimento. Não são raros os casos em que as palavras “arte” e “artista” são usadas como substantivo e adjetivo para produções e pessoas que nada tem a ver com arte. As grandes produções do entretenimento - normalmente financiadas por empresários, empresas e até mesmo pelo erário – são moldadas de modo a criar uma atmosfera estéril, a qual não oferece nada de novo, nenhuma criação ou arte propriamente dita; o escopo final é meramente o de entreter o público.
Porém, diferentemente do que grande parte deste público pode imaginar, é que para que estes funcionários do entretenimento tão erroneamente chamados de “artistas” possam alcançar o sucesso, o dinheiro e a fama, é preciso acima de tudo que estes mesmos estejam em consonância com o seu patrocinador, agente, empresário e etc. Isso quer dizer que raramente ou nunca há imparcialidade, tampouco criatividade.

Arte é criação e expressão.
Para o artista, o objetivo final, é, justamente o de se expressar através da sua criação. Arte de artesãos, de artistas de rua, de pintores, de músicos, escritores e poetas independentes, demonstram não somente suas criações e dedicação a arte como também sua isenção, autonomia e liberdade criativa, sem estar à mando deste ou daquele patrocinador.

A verdadeira arte, independente, propõe ao público uma visão livre de amarras; criações libertas de moldes e, acima de tudo, o rompimento com paradigmas midiáticos, ideológicos e empresariais. 
E é claro que isso tem um preço.

Ser um artista independente requer garra para vencer toda a sorte de dificuldades tanto para criar, com a falta de recursos e materiais, como para conseguir espaço para a divulgação da sua arte. Mas para quem é artista, isso jamais é encarado como um impeditivo para a arte.

Fazemos o que fazemos simplesmente porque assim sempre o faremos. Como na máxima latina:
“Ars gratia artis” (a arte pela arte)

É imperativo atentar ao grande público que tem muita coisa boa sendo produzida no Brasil hoje, basta procurar. As plataformas digitais e redes sociais ajudam na divulgação, mas o compartilhamento de conteúdo é extremamente mais eficaz. Portanto, se aprecia a independência, a criação, enfim, a verdadeira expressão de arte, ajude a disseminar a arte compartilhando o conteúdo produzido pelos artistas independentes próximos a você.

Incentive a arte e os artistas locais!

Incentive a arte!

Este não é um artigo contra a indústria do entretenimento.
Este é um artigo a favor da arte!

Abraços fraternais,

Rafael Pelissari

             "Sad clown" por Barry Leighton-Jones

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Do discernimento, da liberdade e da simplicidade musical/artística


Nestes nossos dias, na nossa sociedade, tenta-se agradar o público independentemente do custo.
A arte, seja ela de qual natureza for, perdeu o seu espaço para as "criações" comerciais.
É empurrado ao público, que acredita de fato gostar do show, o mais baixo nível de 'advertising' para a venda do produto, apelando muitas vezes para elementos que nada tem a ver com arte para tal.
Não são raros os "artistas" que abusam da sensualidade, da sexualidade e da polêmica para estarem em evidência, e então, venderem o produto.

Há esquemas, há modelos específicos de como a música deve ser, sobre como a sensação deve ser, como a apresentação deve ser - para que possa ser inteligível, a fórmula funciona; todos conhecem a fórmula, eles criaram a fórmula e a fórmula funciona, mas não tem nada a ver com a expressão verdadeira, não há a verdadeira sensação de liberdade criativa.

A fluidez e a improvisação da vida até podem ser moldadas, mas não sem se perder algo, se perde a mágica.
É só através da regressão ao básico, ao simples, ao fundamental, à essência, é que compreendemos o verdadeiro e epílogo sentido da música.

Não é sobre o que dizem que deve ser, é sobre o que é;
Não é sobre o que se supõe estar sentindo, é sobre sentir;
Não é sobre ser o melhor, é sobre ser;
Não é sobre se perder, é sobre se encontrar;
Não é sobre o músico, é sobre a música.
A verdadeira harmonia.
Quando se trata de música, é sobre ser um humilde servo da natureza e do universo, ser o intermediário; é o conhecimento, é sobre a pureza e o saber tocar com a alma.
Quando se trata de música, liberdade é de tirar o fôlego; na vida, improvisar é a única saída.
O resto é um nada absoluto.

Abraços fraternais,

Rafael Pelissari


domingo, 10 de fevereiro de 2019

No início...

Olá queridos(as) amigos(as)!
Meu nome é Rafael Pelissari e sou poeta, músico e artesão.
Inicio este blogue POESIA & ARTE com o intuito de divulgar arte e cultura, como exemplo do projeto de popularização e propagação de cultura do Boteco Poético. Também utilizarei o blogue para divulgar minha arte, quer seja nas artes literárias, na música e artesanato, bem como publicarei minhas opiniões acerca dos mais variados assuntos, devaneios, reclamações e pensamentos.
Espero que gostem do blogue, e, como um libertário, deixo-vos livres para opinarem e ajudarem na construção deste site.
Abraços fraternais,
Pelissa


SER OU TER? (LIBERDADE x SEGURANÇA)

A pergunta do título pode passar a dúbia impressão para muitos que as duas situações não são necessariamente excludentes, ou seja, que para...